O Palácio da Rocha do Conde d’Óbidos, foi erguido na segunda metade do século XVII por iniciativa de D. Vasco de Mascarenhas, primeiro Conde de Óbidos. Implantado sobre um promontório com vista privilegiada sobre o Tejo, o edifício destaca-se pela imponência e pela sua localização estratégica, junto ao Jardim 9 de Abril, à escadaria José António Marques e ao Museu Nacional de Arte Antiga, um enquadramento urbano de grande valor histórico.
Ao longo dos séculos, o palácio sofreu danos significativos, nomeadamente após o Terramoto de 1755, mas sucessivas obras de restauro e conservação permitiram preservar elementos essenciais da sua traça original. A fachada norte mantém-se quase intacta, destacando-se o portal nobre em cantaria, coroado pelo brasão dos Óbidos-Sabugal, sustentado por anjos.
Em 1919, o edifício foi adquirido pela Cruz Vermelha Portuguesa, que nele instalou a sua sede nacional. Desde então, o palácio assumiu um papel simultaneamente institucional e patrimonial, continuando a ser preservado e adaptado ao longo do tempo, conciliando funções sociais, culturais e administrativas.
O interior revela uma estética romântica e requintada, marcada pela riqueza decorativa de azulejos, pinturas e tetos trabalhados. Entre os artistas mais relevantes encontram-se Gabriel Constante e o Coronel Vitória Pereira, responsáveis por painéis que retratam cenas mitológicas, bíblicas e históricas, tanto nos silhares das salas nobres como nos rodapés exteriores.
As salas principais refletem a diversidade temática do programa artístico: a Sala do Conselho Supremo (ou Sala Diana), a Sala das Parábolas, a Sala de D. João de Castro (ou das Tapeçarias), a Sala da Mitologia, a Sala das Grinaldas e a Sala de Jantar, cada uma com identidade própria e decoração sofisticada.
A biblioteca, reconstruída na década de 1930 a partir de um projeto de Afonso de Dornelas, constitui um dos espaços mais emblemáticos: organizada em dois pisos revestidos a talha dourada, iluminada por um lustre da Marinha Grande e enriquecida com a pintura Paz de Alvalade, de Gabriel Constante, combina erudição, simbolismo e refinamento estético.
A capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição e inaugurada em 1948, completa o conjunto com os seus revestimentos cerâmicos policromos e tetos pintados, reforçando a dimensão espiritual do edifício.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993, o Palácio da Rocha do Conde d’Óbidos permanece como um dos mais notáveis exemplos do património arquitetónico, artístico e histórico da cidade de Lisboa.
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