A GR 34 é o trilho interpretativo da serra Amarela e desenvolve-se nas duas vertentes da serra – a Norte voltada para o rio Lima, e a Sul, para o rio do Homem e à albufeira de Vilarinho das Furnas. A serra Amarela é um dos grandes relevos do Parque Nacional Peneda-Gerês, esta rota tem 35 quilómetros de extensão pelo que é recomendável que seja percorrida por etapas.
Vai iniciar a etapa 3 na Barragem de Vilarinho. Um pouco à frente terá a oportunidade de observar as ruínas graníticas da aldeia de Vilarinho da Furna, que se encontra submersa pelas águas da albufeira. Toda a história e espírito desta aldeia permanece vivo e materializa-se no Museu Etnográfico, que foi construído com pedras que outrora pertenceram a Vilarinho da Furna.
Um pouco mais à frente bem junto à água existe um vidoal ripícola enquadrado nas florestas Alnus, um habitat de conservação prioritária. O vidoal apresenta uma galeria de vidoeiros de grande porte, algo raro de encontrar devido às inúmeras ações de desmatação. Na sua orla existe um pequeno louriçal, que está enquadrado nos matagais arborescentes, trata-se de outro habitat de conservação prioritário. Para além dos vidoeiros e dos loureiros, aqui é possível encontrar o salgueiro-preto, a hera, a gilbardeira e o feto-real. Neste habitat também poderá observar animais como a lontra, o chapim-rabilongo ou o melro-d´água.
Vai continuar a etapa por alguns quilómetros até encontrar as silhas ou muros, que eram equipamentos rurais usados para proteger os cortiços da ação dos animais. Observe as belas silhas do urso, verdadeiras obras de arte. Vai passar também pela Silha do Fundo do Peito da Rocha, de construção mais recente, mas que serve o mesmo propósito.
De seguida vai alcançar um antigo caminho que faz a ligação entre Vilarinho da Furna com a zona mais alta da Serra Amarela. Esta calçada foi uma obra de grande esforço para as gentes de Vilarinho.
Passada a antiga calçada vai continuar a percorrer a etapa até encontrar um habitat de urzais-tojais mediterrânicos não litorais, enquadrado nas charnecas secas europeias. As espécies mais comuns que se encontram neste habitat são o tojo-molar, a torga e a carqueja. Em pequenas clareiras de mato poderá também encontrar os tomilhais, outro habitat, dominado por tormentelo. Este mosaico de habitats, contém uma grande diversidade faunística, onde se encontram animais como o lobo, o corço, o javali e vários répteis.
Vai agora subir até a um carvalhal que se situa a 950 metros de altitude. Aqui o carvalho-negral domina mas também é possível observar o carvalho-alvarinho que conta já com uma presença significativa neste local. Estes bosques mistos têm uma biodiversidade assinalável. Os bosques onde o carvalho-alvarinho é predominante, têm uma maior diversidade florística, onde se elencam espécies como o azevinho, a uva-do-monte e a anémona-dos-bosques. A nível da fauna, nestes bosques tem a possibilidade de observar o lobo, o corço ou o pica-pau-malhado-grande.
Vai continuar o trajeto até atingir o que resta de um abrigo de pastor, no Curral de Porto Covo. Este teria sido um edifício granítico retangular, hoje as sua pedras encontram-se tombadas e escondidas pelos arbustos. É possível ainda vislumbrar a Sul umas ruínas de um anterior abrigo de planta circular.
Vai agora percorrer a margem de uma ribeira e terá a oportunidade de vislumbrar as marmitas de gigante, que são cavidades peculiares presentes neste curso de água. Estas resultam de uma dinâmica fluvial, que através do efeito de atrito dos sedimentos transportados pela corrente de água embatem contra o leito rochoso.
Ao percorrer este vale vai reparar que na paisagem sobressai uma tonalidade avermelhada das rochas graníticas. Este granito róseo resulta do fenómeno da cristalização dos magmas graníticos, que tiveram alterações hidrotermais ocorridas ao longo de fraturas nos granitos. Destacar ainda a grande quantidade de areia grosseira, resultante do fenómeno de arenização.
Um pouco mais adiante deverá encontrar os complexos de higroturfosos, são geralmente turfeiras com um mosaico diversificado de vegetação higrófila e hidrófila. Nesta pequena zona é possível encontrar espécies como a lameirinha, o tojo-molar, os esfagnos entre outras. Aqui pode encontrar espécies animais anfíbias como a salamandra-de-pintas-amarelas, o tritão-de-ventre-laranja e o sapo-corredor.
Depois de passar pelos pequenos complexos higroturfosos, vai atingir um abrigo de pastores em granito, de planta circular. É um abrigo que está num mau estado de conservação e coberto por terra. Daqui é possível admirar um afloramento granítico muito marcado pela erosão. Daqui rumará em direção a Louriça para assim terminar esta etapa.Ver maisVer menos
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