Estes marcos em granito, situados em Vilarandelo, integram um conjunto de outros exemplares com a mesma tipologia, classificados como "Imóvel de Interesse Público" desde 1946, caracterizam toda a região vinhateira do Alto Douro inscrita na lista de Património Mundial da UNESCO com a designação genérica de "Alto Douro Vinhateiro".
Com o "Tratado de Methuen", celebrado em 1703 entre Portugal e Inglaterra, o vinho começou a ganhar a projeção que conhecemos nos dias de hoje, conseguindo assim penetrar no exigente e seletivo mercado britânico, que passaria a optar pelos vinhos portugueses.
Este tratado alcançou um enorme sucesso e estimulou de forma notória os produtores de vinho, no século XVIII, procederam a uma enorme reforma dos seus vinhedos, elegeram terrenos da zona do Cima Corgo, onde o vinho daí extraído tinha grande aceitação nas tradições alimentares das Ilhas Britânicas. A partir desta altura ocorreu uma drástica transformação na paisagem circundante, que teve de se adaptar às necessidades económicas de todo um país. Este domínio da vinha, originou uma crise de superprodução, que só foi ultrapassada com a criação, em 1756, da "Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro" por iniciativa do futuro Marquês de Pombal (1699-1782), que tinha por objetivo garantir a qualidade do vinho, a fixação de preços e a demarcação da região vinhateira. No âmbito desta última medida, em 1757, foram colocados 201 marcos de fabrico com o propósito de prolongar esta primeira grande delimitação, alargada quatro anos depois, com a fixação de mais 134 marcos.
Na face alisada destes marcos paralelepipédicos, é possível ler, a designação "Feitoria 1758" ou "Feitoria 1761" distinguindo assim os vinhos exportáveis.Ver maisVer menos
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